Olhei para ela e senti-a distante. Há dias que andava assim, distante, com momentos de enorme felicidade e outros em que se retirava do mundo para viver a solidão que lhe estava estampada no rosto. Ela nunca tinha tido este tipo de comportamento, bipolar e solitário. Eu queria perguntar-lhe o que se estava a passar mas não conseguia, tinha medo da resposta e de não a conseguir ajudar.
Fui observando-a. Nos momentos em que ela ficava pensava, solitária, presa a um mundo só seu, eu fixava-a e tentava interpretar-lhe os movimentos. Era esta a única forma que tinha de perceber mais qualquer coisa, visto que o que ela estava a sentir lhe estava estampado no rosto.
Eram as mãos, não paravam quietas. Mexiam em tudo o que as rodeava e passavam-lhe várias vezes pelo cabelo. Acariciavam-lhe o pescoço, ficando muitas vezes uma delas agarrada, fortemente, à parte de trás do pescoço. E foi aí que percebi, percebi tudo. Ela está apaixonada. Não sabe o que fazer. Ele não avança. Ela muito menos.
Bem, ao menos isso, não é nada de grave e apaixonou-se finalmente. Resta saber se é desta, já que demorou tanto para escolher.
Gostei muito do blog.
ResponderExcluirJá tens o meu voto!
Cumprimentos e continuação de boas postagens ;)
Ora muito obrigado :D Pelo voto e pela força ;)
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