Se ao menos tivesse sentido mais do que a ponta do teu pé. Se ao menos tivesse visto mais do que um sorriso envergonhado. Se ao menos me tivesses dado a mão. Se ao menos olhasses para mim agora.
Eu não quero, e não gosto, de pensar em ti mas a solidão torna-o inevitável. Procuro-te nas noites frias, nos dias cinzentos, na falta de auto-estima ... na falta de amor. Sei que não me deves querer mas, posso tentar?
Gostava que dissesses que sim. Mas como? Tu não falas e eu não te falo.
Se as pontas dos pés falassem...
Se a vergonha falasse...
Se...
Porquê que somos assim?
Muito bonitas as imagens transmitidas pelo teu texto. A minha filha Inês escreve tb muito bem, mas só para ela e por vezes (poucas) para mim. É um exercício libertador, continua porque tens potencial. A minha opinião não te vai servir de nada pq sou alguém que ninguém conhece.
ResponderExcluirQue me importa a mim que seja alguém que ninguém conhece? O que me importa é que me lê e gosta. Isso sim, é importante. Eu escrevo há algum tempo e tenho muitas coisas que nunca mostrei mas agora decidi começar a mostrar, porque no fundo, é disto, da escrita, que vou ter de viver. E muitas vezes pergunto-me porquê. E a resposta é sempre a mesma, "porque é a única coisa que sei fazer". Infelizmente não tenho outros dons, tão pouco acho que tenho este mas no meio de tantas hipóteses esta é a única em que acho que me encaixo minimamente.
ResponderExcluirObrigado por passar por aqui e por me ler : )
Muito bom, dona Inês. Gostei bastante. Será que conhecemos alguém (alguém entenda-se alguém mais especial, claro), esse "encontro" de pés acontece sempre dessa maneira? *
ResponderExcluirNão sempre da mesma maneira...mas sempre com esta intensidade, vá! : ) obrigado por passares por aqui
ResponderExcluirDevo confessar que poucas vezes tinha vindo ao teu blog, ou melhor, vim muitas vezes mas sem ler com olhos de gente e, hoje, por respeito a ti e à nossa amizade, fi-lo.
ResponderExcluirFiquei surpreendido! Bastante surpreendido! É impressionante como duas pessoas que se conhecem há tanto tempo e com uma relação tão próxima ainda se surpreenderem.
O sentimento que tenho ao ler estas coisas? Não vou mentir, o primeiro é Inveja, da pior que pode existir, queria escrever como tu ou ser um bocadinho como tu, mas sou eu e é com o meu eu que tenho de aprender a viver. O segundo "sentimento" é admiração, admiração por aquilo que escreves e por aquilo que és.
Ao ver-te com este "sucesso" sinto-me feliz e, ao mesmo tempo, faz-me querer ser melhor do que aquilo que sou e melhorar naquilo que não sei fazer tão bem como tu.
Uma vez ouvi o Raúl Solnado dizer: "Um pequeno discurso é Obrigado, mas, um grande discurso é um Muito Obrigado" e é um grande discurso que eu, neste momeno, tenho para te oferecer.
Muito Obrigado!
(Adorei este post)
Devo confessar que este comentário me conseguiu emocionar. Somos grandes amigos e a opinião dos amigos, essa sim, é importante! Sei que a inveja que dizes sentir é do mais saudável que há e sei que tudo o que disseste foi dito com o coração. É por isso que agora sorrio para o monitor e estou pronta para te declarar um grande discurso. Muito Obrigado
ResponderExcluir