quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ele e Ela

E lá ia ele. Desajeitado e com a mochila às costas. Parecia feliz por ir para a faculdade, porque seria?
A mãe tinha lhe dito para não sair de casa sem tomar o pequeno almoço, o que o atrasou. Ia num passo acelerado e o sol estava a perturbar-lhe a visão. Tirou a alça esquerda da mochila, pendeu-a para o lado oposto e num gesto rápido abriu o fecho. De lá tirou os óculos de sol e rapidamente, colocou-os na cara. Fechou a mochila, voltou a pô-la às costas e começou a correr. Corria para passar as passadeiras com os sinais vermelhos, corria para não chegar atrasado, corria porque tinha um exame à sua espera. Mas porquê tanta felicidade? Estava-lhe estampado no rosto, ele sorria enquanto corria, sozinho, pelas ruas entupidas de trânsito. Será que havia mais qualquer coisa que o fazia correr?
A respiração era ofegante quando entrou dentro da sala. A cara passou de sorridente para séria, enquanto olhava para a professora. A professora deu-lhe a prova, a folha de teste e disse-lhe quanto tempo tinha para fazer o exame. Ele levantou a cabeça, procurou um lugar e dirigiu-se para ele. Era na última mesa da sala mas isso fê-lo voltar a sorrir. Aquele pequeno trajecto tinha no meio a razão de tanta alegria.
Lá estava ela, sentada, a fazer a prova. Mal o viu entrar levantou a cabeça. Olhava carinhosamente para ele enquanto ele ouvia as explicações da professora. Ela estava à espera que ele levantasse a cabeça para lhe sorrir. E foi isso que aconteceu, sorriram ambos, sorriram apaixonadamente um para o outro. Ele passou e ela voltou a baixar a cabeça e a concentrar-se naquilo que estava a fazer. É inteligente, nota-se pelas respostas elaboradas que está a dar.
Ele sentou-se e continuou a olhar para ela. Sabia de cor cada fio de cabelo, cada gesto e sentia-se bem quando a tinha por perto. Concentrou-se, por fim, no exame. Ele também é um bom aluno mas não tinha dormido bem e a concentração não era constante. Passou a noite a pensar nela, nos sorrisos, nos olhares, nos carinhos que trocaram naquele dia. Tinha sido um dia importante, tinha sido o dia em que se tinham beijado pela primeira vez e ele sentiu que a amava realmente. Sentiu que era a ela que queria.
O tempo para fazer o exame terminou e os dois tinham preenchido sabiamente cada linha da folha de teste. Saíram e não sabiam o que fazer. Não sabiam se haviam de trocar um beijo longo e profundo, se haviam de se cumprimentar como faziam anteriormente. O amor decidiu por eles e trocaram um longo e terno beijo. E lá foram, a sorrir, beber um café e conversar.

(um dia pode ser que acabe esta história : ) espero que gostem)

3 comentários:

  1. Gostei muito :) espero que um dia a acabes :)

    beijinhos

    (@micbs no twitter xD)

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  2. :D obrigadoooo!! Nunca mais te vi pelo twitter, ainda no outro dia me lembrei de ti. Obrigado pelo comentário e pela visita e sim, um dia acabo :) beijinhos*

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  3. Há uns anos eu também corria assim até à escola LOL pelas mesmas razões. Os testes também me corriam bem (melhor que nunca)... é giro (:

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