terça-feira, 12 de abril de 2011

Voo

Embrenhado nos sons a que a cidade o obriga, passeia-se pelas ruas de mãos dadas com desconhecidos. Deu-se ao luxo de sair, de procurar, de pesquisar, de querer mais...sente-se diferente. Não se considera feliz mas realizado. Adora o som dos carris, o burburinho do desconhecido, o passeio descontraído e o anonimato. Nunca pensou sentir-se tão bem ao sair do ninho. Voou e não quer aterrar. Ainda tem medo por não conseguir controlar, da forma que devia, os movimentos das asas. Tem medo de cair mas deixou de ter medo da queda porque tem em mente uma única coisa: a queda, por maior que seja, não há-de ser pior que o desconhecimento. Orgulha-se de ter saído do ninho.