quarta-feira, 28 de abril de 2010

Foi sorte por acaso

Eu agora só consigo vir aqui desabafar. Isto é estranho, eu não era assim. Eu vinha aqui e escrevia pequenas fantasias, poemas, coisas giras e agora...desabafo. O blogue vai, definitivamente, deixar de ter qualidade. Isto porque a minha vida e os meus pensamentos são demasiado desinteressantes e eu tenho plena noção disso.
Hoje, encontrei uma pen. Quer dizer, talvez tenha roubado. Não sei bem, ela estava lá naquele sítio e o dono não estava por perto e como se diz na gíria "achado não é roubado". Fiquei com ela porque a semana passada perdi uma precisamente naquele local e ninguém me devolveu. Tinha a mesma capacidade e tudo, só tinha uma diferença, pequena mas importante, era muito mais gira. Ainda assim considero este achado de hoje uma sorte e eu raramente tenho sorte.
Uma vez, estava eu praticamente sem dinheiro e com mais 3 dias de férias pela frente e a única coisa em que pensava era no jeito que me dava encontrar uma nota no chão ou umas moedas. Sentei-me numa esplanada e pedi uma cerveja, estava com amigos que claramente me iam pagar as próximas portanto não me preocupei. Ficámos ali um bom bocado, tempo suficiente para eu reparar em tudo o que me rodeava. Mas eu tenho um defeito, raramente olho para o chão com a intenção de encontrar algo. Quando nos levantámos da mesa a minha amiga olhou para baixo da minha cadeira e lá estava, a tal nota que eu tanto desejava. Eram uns míseros 5€ mas que me dariam um "jeitão", infelizmente não fui eu que os encontrei. Fiquei chateada comigo, achei que poderia ter feito algo mais para que a sorte de encontrar aquela nota tivesse sido minha.
Em toda a minha vida foi assim, todos encontram dinheiro nas ruas, telemóveis, essas coisas ...e eu?NADA. É por isso que hoje estou feliz. Finalmente, 21 anos depois, tive a sorte de encontrar algo que realmente preciso.
OBRIGADO

terça-feira, 20 de abril de 2010

Humor?

A verdade é que este é o meu blogue e faço dele o que quiser não é? Pois é...agora apetece-me escrever qualquer coisa e aqui estou, a escrever. Eu sei que não digo nada de interessante e que pouco importa aquilo que penso, ainda assim gosto de fazer aquilo que me dá na cabeça.
Há uns dias dei por mim a pensar se seria capaz de dizer coisas com piada. A verdade é que sou mas nem sempre. No meio deste pensamento surgiu, como é hábito, uma teoria acerca do humor. A verdade é que os humoristas só têm piada porque as pessoas os vêem como "pessoas com piada". Por vezes tenho a certeza que se riem porque, por exemplo, foi o Ricardo Araújo Pereira, ou o Bruno Nogueira, ou o Herman que disseram. Se fosse eu a dizer precisamente a mesma coisa, provavelmente não se riam. Claro que estou a generalizar todo este pensamento e não quero, de forma alguma, retirar o mérito aos humoristas que referi. E se fiz referência a estes é porque são dos que mais admiro, porque fazem piadas inteligentes correndo o risco de que só uma minoria os entenda. No entanto, como têm de ter audiências muitas vezes perdem a qualidade e fazem proveito do estatuto que já atingiram para que o humor menos bom vingue.
E pronto, cá estamos... eu também gostava de ter estatuto para fazer com que sempre que dissesse, por exemplo, "queijo", as pessoas se rissem. Será que um dia vou conseguir? Não, afinal não quero. O desafio é ter mesmo graça e não estatuto. Vou continuar a dizer as minhas piadinhas "sequinhas" e pronto.
Beijinhos à prima

sexta-feira, 2 de abril de 2010

A calma

Estavas perdida nas ruas iluminadas daquela cidade. Estavas ali há tanto tempo quanto aquele que andei à tua procura. Perdi-te várias vezes mas gostei de te reencontrar desta vez. Estavas diferente, mais adulta, menos tímida. Estavas claramente apetecível.
Sempre gostei dos nossos encontros. Chateamo-nos mas quando nos reencontramos há sempre algo diferente em nós. As nossas separações fazem-nos crescer, é esta a conclusão a que chego.
Ainda assim pergunto-me:porque não te posso ter sempre? Era muito melhor para mim e para ti. Tu não andavas a vaguear pelas ruas e eu estava sempre bem.
Cheguei à conclusão que isto seria demasiado fácil, viver seria demasiado banal e não pode ser assim. A vida tem de ter essência e tu, tal como tantas outras coisas, tens de ir e voltar para que cresçamos juntas, neste mundo perdido.
Gostava que agora ficasses comigo um tempo, pode ser?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A dor

Não tenho medo da dor desde que saiba o que a provoca. Isso é ser forte? Não, é ter noção de que a única coisa que posso fazer é tentar acalmá-la. E quando não sei de onde ela vem, o que a está a provocar? Quando não sei, pouco posso fazer. Ou espero que passe, ou tento enfrentá-la, ou trato-a. Não há que ter medo da dor, ela não tem medo de nós.