Florence And The Machine apresentaram o álbum "Lungs" ontem no palco da Aula Magna, em Lisboa. Florence levou as centenas de fãs ao rubro quando lhes pediu que invadissem os lugares doutorais. A frente do palco ficou completamente preenchida e a sala em completa euforia.
A banda inglesa foi acompanhada sempre pelo coro de fãs que nunca se sentaram nem pararam de bater palmas ao longo da hora e meia que Florence esteve em palco. A vocalista mostrou uma energia fantástica e nunca deixou cair a energia do público. Florence manteve os agudos que lhe são característicos sempre afinados, tanto nas músicas mais calmas como nas músicas mais pujantes.
A banda pop/rock ganhou recentemente o prémio de melhor álbum na Inglaterra e ontem demonstrou-o em palco. Conquistou os fãs portugueses e abriu assim as portas para outro possível concerto no nosso país.
Florence elogiou o público de ontem e mostrou-se comovida com a cumplicidade que conseguiu criar dentro da Aula Magna. Este foi o último concerto da tournée europeia e a banda vai actuar no próximo mês nos Estados Unidos, nas cidades de Boston, Nova Iorque, Filadélfia, entre outras.
(Florence And The Machine - Cosmic Love - Aula Magna)
quarta-feira, 17 de março de 2010
domingo, 14 de março de 2010
...
"É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Fernando Pessoa
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!
Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo."
Fernando Pessoa
sexta-feira, 5 de março de 2010
Bom senso, existe ou nem por isso?
Cá eu, acho que ele existe mas não é na internet. Por aqui, por estas bandas ou códigos, como queiram, não existe bom senso. Eu sou uma pessoa/gaja/miúda/rapariga/Senhora que está no Twitter, no Facebook e no Flickr e sabem uma coisa? Isto por estas bandas é uma falta de respeito. As pessoas usam e abusam das palavras de outros e nem assinalam quem foram as fontes.
Eu no outro dia estava a reflectir em relação à palavra fontes que, como sabem, tem dois sentidos: fonte de água e fonte de informação. Uma fonte brota coisas, não é? Pois e nós quando estamos em frente a uma fonte de água sabemos, à partida, que existe uma nascente, algures, por ali. Mas quando estamos perante uma fonte de informação, nos dias que correm, nunca sabemos onde anda a nascente. Tanto pode ser aquela fonte a nascente, como outra qualquer. E isto é muito confuso e podia ser resolvido se existisse bom senso. Ou melhor, eu acho que se tirassem todos um curso de Jornalismo também resolvia a coisa mas o jornalismo anda em crise e eu não quero arriscar.
E pronto, tenho dito, cuidado com as fontes que advêm de outra fontes e que ... isto vai tudo parar ao diz que disse e mais tarde ou mais cedo as "senhora(s) da mesa ao lado" vão passar a ser banais.
Eu no outro dia estava a reflectir em relação à palavra fontes que, como sabem, tem dois sentidos: fonte de água e fonte de informação. Uma fonte brota coisas, não é? Pois e nós quando estamos em frente a uma fonte de água sabemos, à partida, que existe uma nascente, algures, por ali. Mas quando estamos perante uma fonte de informação, nos dias que correm, nunca sabemos onde anda a nascente. Tanto pode ser aquela fonte a nascente, como outra qualquer. E isto é muito confuso e podia ser resolvido se existisse bom senso. Ou melhor, eu acho que se tirassem todos um curso de Jornalismo também resolvia a coisa mas o jornalismo anda em crise e eu não quero arriscar.
E pronto, tenho dito, cuidado com as fontes que advêm de outra fontes e que ... isto vai tudo parar ao diz que disse e mais tarde ou mais cedo as "senhora(s) da mesa ao lado" vão passar a ser banais.
Filmes 3D e os amblíopes
Reparem na minha crise de criatividade que até vou roubar uma piada à minha mãe. Sim, leram bem, "à minha mãe". Ora bem, a minha mãe é amblíope de um olho, ou seja, tem um "olho preguiçoso", que não acompanha o outro e que vê mal que se farta. No fundo, a minha mãe tem dois olhos e um é alentejano e passa a vida a dormir debaixo do chaparro. Continuando...
No outro dia, enquanto ouvia rádio, descobri que nos filmes em 3D são projectadas 120 imagens por segundo, 60 para o olho esquerdo e 60 para o olho direito. Ora bem, como devem estar já a imaginar, a minha mãe e todos os amblíopes só vêem 60 imagens por segundo, o que equivale, no total, a metade do filme. Acham justo que continuem a pagar o mesmo? Eu não acho. Reivindico aqui o Cartão Amblíope para filmes 3D com 50% de desconto. E já agora, eu tenho um cérebro preguiçoso, será que me podiam dar um desconto também? Afinal de contas eu também só percebo metade dos filmes, a outra metade é aquela que se assemelha às novelas da TVI... no pasa nada.
No outro dia, enquanto ouvia rádio, descobri que nos filmes em 3D são projectadas 120 imagens por segundo, 60 para o olho esquerdo e 60 para o olho direito. Ora bem, como devem estar já a imaginar, a minha mãe e todos os amblíopes só vêem 60 imagens por segundo, o que equivale, no total, a metade do filme. Acham justo que continuem a pagar o mesmo? Eu não acho. Reivindico aqui o Cartão Amblíope para filmes 3D com 50% de desconto. E já agora, eu tenho um cérebro preguiçoso, será que me podiam dar um desconto também? Afinal de contas eu também só percebo metade dos filmes, a outra metade é aquela que se assemelha às novelas da TVI... no pasa nada.
terça-feira, 2 de março de 2010
Escolha
Olhei para ela e senti-a distante. Há dias que andava assim, distante, com momentos de enorme felicidade e outros em que se retirava do mundo para viver a solidão que lhe estava estampada no rosto. Ela nunca tinha tido este tipo de comportamento, bipolar e solitário. Eu queria perguntar-lhe o que se estava a passar mas não conseguia, tinha medo da resposta e de não a conseguir ajudar.
Fui observando-a. Nos momentos em que ela ficava pensava, solitária, presa a um mundo só seu, eu fixava-a e tentava interpretar-lhe os movimentos. Era esta a única forma que tinha de perceber mais qualquer coisa, visto que o que ela estava a sentir lhe estava estampado no rosto.
Eram as mãos, não paravam quietas. Mexiam em tudo o que as rodeava e passavam-lhe várias vezes pelo cabelo. Acariciavam-lhe o pescoço, ficando muitas vezes uma delas agarrada, fortemente, à parte de trás do pescoço. E foi aí que percebi, percebi tudo. Ela está apaixonada. Não sabe o que fazer. Ele não avança. Ela muito menos.
Bem, ao menos isso, não é nada de grave e apaixonou-se finalmente. Resta saber se é desta, já que demorou tanto para escolher.
Fui observando-a. Nos momentos em que ela ficava pensava, solitária, presa a um mundo só seu, eu fixava-a e tentava interpretar-lhe os movimentos. Era esta a única forma que tinha de perceber mais qualquer coisa, visto que o que ela estava a sentir lhe estava estampado no rosto.
Eram as mãos, não paravam quietas. Mexiam em tudo o que as rodeava e passavam-lhe várias vezes pelo cabelo. Acariciavam-lhe o pescoço, ficando muitas vezes uma delas agarrada, fortemente, à parte de trás do pescoço. E foi aí que percebi, percebi tudo. Ela está apaixonada. Não sabe o que fazer. Ele não avança. Ela muito menos.
Bem, ao menos isso, não é nada de grave e apaixonou-se finalmente. Resta saber se é desta, já que demorou tanto para escolher.
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