sábado, 27 de fevereiro de 2010

Apelo ao B(v)oto no Blog Awards

Bem, primeiro eu pensei que não deveria fazer isto dado que poderia parecer um pouco anti-ético. Depois comecei a passear pela blogosfera e cheguei à conclusão que não existe ética neste mundo. Desde oferecerem recompensas, a apelos descarados ao voto, eu já vi de tudo. Pois é, e eu, o que vou fazer para que votem no meu blog no Super Blog Awards? Pois, pensei em não vos oferecer algo em troca, visto que também não tenho nada para dar. Quer dizer tenho aqui Halls de Mel e Limão, se alguém quiser eu posso oferecer um em troca do voto. Que dizem? Halls, é bom. Faz bem à garganta. Não querem? Pois, já sabia.
Depois achei que mesmo que fizesse um apelo descarado ao voto ninguém iria votar na mesma. Isto porque é um bocado chato votar naquilo, têm de criar um login e tal e só depois podem votar, se não estou em erro. E vejam, esta foi a parte em que pensei em vocês caros leitores, e no vosso bem-estar. Claro que não estou a querer com isto que vão agora votar no meu blog só porque penso no vosso bem-estar mas até que dava jeito.
Ah e mais uma coisa, eu prometo que se ganhar os 1500€ (algo impossível) que vou ficar com o dinheiro todo para mim e gastá-lo naquilo que me apetecer. Claro que vos posso premiar com as minhas aventuras dos 1500€, seria bastante interessante acreditem.
Por fim, resta-me dizer que este meu discurso foleiro não me vai levar a lado nenhum mas que se tiveram paciência para o ler vos dou os meus sinceros parabéns e voltem sempre.
Ah, falta-me dizer uma coisa, se quiserem realmente, depois de tudo isto, votar no meu blog, é só clicarem no dístico da Super Bock que se encontra na faixa lateral direita do blog.
Despeço-me consciente de que este é o pior discurso de apelo ao voto alguma vez feito,
abraços.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

passei-me LOL

Era uma vez...
Era? Era uma vez? Isto, nem os putos gostam de ouvir os pais a ler uma história e a dizer "era uma vez". Se era já não é, já passou, já foi, já não existe, boa? Eu acho que deve haver também uma remodelação nas expressões. Que tal um acordo expressivo? Sócrates, que dizes? Aposto que tens boas expressões para introduzir com este acordo. E também aposto que iríamos ganhar imenso com as expressões dos nossos amigos brasileiros. Han? Que tal? Show dji bola...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O lado de cá e o lado de lá

O meu nome é Jonas e vivo do lado de cá. Eu sei que tu, que me lês, vives do lado de lá mas não te preocupes, eu sou inofensivo e venho agora, pela primeira vez, dizer a esse lado o que penso dele.
Eu sinto-me muito só aqui no lado de cá. Raras são as vezes em que encontro alguém e quando encontro vão todos com pressa para encontrar a porta para o lado de lá. Ainda não percebi a razão da pressa nem o porquê de não gostarem do lado de cá. O que penso, sempre que os vejo, é que nem quero perceber. Eles passam por mim a transpirar raiva, ira, ódio, revolta, tudo sentimentos que trazem do lado de lá mas dos quais não se conseguem 'desfazer'. É estranho, eu sinto que nasci aqui, deste lado. Desde sempre que me lembro de andar por aqui, perdido, sem os meus pais. Raramente os via mas quando via, lá iam eles, com aquele ar irado mas sempre me disseram para me manter aqui, deste lado. Acho que sou o mais antigo do lado de cá e ultimamente têm-me vindo parar ás mãos alguns pupilos. Afasto-os e coloco-os a viver na fronteira para que ganhem força e coragem, se ficarem por cá. Se passarem para lá já sei que não tinham força de vontade para permanecerem por aqui, comigo.
Nos últimos tempos tenho visto coisas inéditas e alguns dos pupilos têm-se aguentado bem. Acredito que destas últimas 'fornadas' fiquem por cá uns quantos. Ainda bem, assim tenho companhia.
O nosso trabalho, cá deste lado, é simples: observar as asneiras do lado de lá. Ultimamente o lado de lá tem-me dado imenso trabalho, quase não tenho dormido. As asneiras seguem-se, umas atrás das outras, pelo mundo fora. É por isso que cada vez compreendo melhor os meus pais e é por isso que sei que gostam de mim, porque me fizeram ficar deste lado.
O lado de lá é cada vez mais cruel, vingativo, desordenado e sem valores. A sociedade mundial está a ficar perdida. Existem nela os 'coitados', os 'espertos', os 'pseudo-espertos' e os 'pseudo-intelectuais'. Estes últimos são os que me dão mais trabalho, têm mesmo a mania que sabem tudo mas ainda não perceberam que se atingissem a intelectualidade, pura, estariam deste lado, de cá. Eu acho muito estranho, admiro-os imenso, a sério e a sociedade também, segue-os como se fossem líderes. Até votam em alguns deles para assumirem cargos de poder, por vezes mas não percebem que eles são 'pseudo'. E o que é 'pseudo' neles? Tudo. Tudo é 'pseudo': 'pseudo-poder', 'pseudo-liberdade', 'pseudo-inteligência'. Como é possível que os 'pseudo', os verdadeiros mentirosos, tomem conta do lado de lá? Como? Quando todos se tornarem 'pseudos', que eu acredito piamente que um dia aconteça, vai ser perigoso. E até acho que a guerra vai rebentar. Não sei o que fazer com os recém-chegados ao lado de cá, só espero que se aguentem todos por aqui.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Perdi-te, naquele dia...

Foi na noite em que te perdi que senti que o mundo ia acabar. Só me lembrava dos nossos primeiros momentos juntos, tão perfeitos como tudo o que é novidade. O amor era a palavra que nos descrevia, estava estampado nos nossos rostos, nos nossos gestos, nos nossos momentos, na nossa atitude, no nosso dia-a-dia. O amor, esse sentimento que nos mata com a sua ausência. É incrível o poder do amor, não há sentimento tão poderoso como esse, nem tão completo. O amor, é o que nos move quando o temos e o que nos mata a alma quando parte. O amor, que parte, muitas vezes, sem dizer nada, sem avisar, sem deixar um bilhete de despedida.
Quando estavas comigo eu não pensava em ti mas sim no amor que nos unia. E agora? Agora penso no amor que procuro, no amor impossível, no amor que tivemos e que queria voltar a ter. Se soubesses a falta que me fazes amor, eu tenho a certeza que pensavas duas vezes antes de teres partido sem avisar.
Para a próxima dá-me tempo para me habituar à ideia, não partas sem aviso, não partas sem que me deixes deixar de te sentir.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A liberdade que eu quero

Nunca pensei que o estado a que o país chegou me conseguisse irritar tanto. Estou a ser sincera, nunca pensei mesmo. Andei ligada à vida política durante algum tempo e nos últimos meses desliguei-me completamente. É estranho, porque desde que nasci que oiço falar de política, do estado do país, do presidente da república, do primeiro ministro, das leis, das medidas, dos diplomas, da assembleia, dos deputados, dos sindicatos, das manifestações, das causas e das consequências. Graças a esta educação política que os meus pais me deram, esta área sempre foi uma das que mais me cativou. Mas, e agora? Hoje, neste momento, sinto uma repugnância enorme do rumo da política, não só nacional mas mundial. Ainda assim admito que a política nacional é a que me repugna mais, devido à proximidade certamente. A minha vontade é partir e deixar para trás este país que leva um rumo miserável e caótico. A sociedade portuguesa está embutida na estupidez política. Os políticos portugueses prendem a sociedade a torto e a direito. A juventude, aquela que se devia começar a mexer e preocupar com os assuntos do país, permanece inerte. E eu? Que faço aqui?
Como alguns sabem, e os que não sabem ficam a saber, eu sou estudante de jornalismo. Quando entrei para a faculdade, há dois anos e meio, nada me fazia pensar que no dia em que saísse de lá para o mundo do trabalho as coisas iriam estar como estão. Não me refiro só às últimas atitudes do nosso primeiro-ministro, na tentativa de censurar jornais e de não permitir que exista a tão desejada liberdade de expressão, refiro-me também ao mundo do jornalismo. Um mundo de rivalidades, de intrigas, de "vou com a tua cara", de ... nem sei. Acham mesmo que eu, jovem minimamente consciente e educada em liberdade, quero entrar para este mundo? Pois, pensem o que quiserem, eu digo-vos que não quero. E sim, estou a abandonar um dos sonhos que desde sempre tive. Sim, estou a abandonar, à partida, algo para que dizem que até tenho jeito. Sim, estou a abandonar um mundo de rivalidades, intrigas, opressão, censura e de falta de liberdade. Ou, por outro lado, estou simplesmente a afastá-lo, por tempo indeterminado, da minha vida. Eu não quero ser mais uma das que escreve porque lhe mandam escrever. Eu não quero assinar notícias que o meu superior alterou, porque não lhe convinha o que escrevi. Eu não quero, e não posso, permitir-me entrar num mundo onde a minha liberdade é comida a torto e a direito.
Além disto, eu também não quero continuar a viver num país onde, apesar de saber que ninguém se mexe para nada, a injustiça reina. Eu não quero ser mais uma das que vai "lamber botas" só porque parece bem. Eu não quero ser mais uma das que vai ser infeliz só para ganhar dinheiro.
Sabem o que vos digo? Prefiro viver num país mais pobre mas onde existam pessoas socialmente despertas. Prefiro ter um trabalho mais modesto, do que ser conhecida por aquilo que nem fui eu que escolhi ser. Prefiro puder, no fim da minha vida, erguer a cabeça e dizer "eu fui livre ao longo de toda a minha vida".

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O sonho real

Adormeci...
Ele apareceu e despertou-me do sono. Tinha voltado após tantos dias de ausência. E porque seria? Não sabia mas apetecia-me perguntar-lhe.
Ele vinha para estar comigo e começou a conversar, como se não tivesse estado ausente durante tantos dias. Eu fixei o meu olhar no dele e fiquei ali, a ouvi-lo mas sem o perceber. Só conseguia pensar na última vez que tínhamos estado juntos...
Passeámos, durante horas, pela praia, de mão dada. Conversámos imenso, como de costume e, finalmente, ficámos a conhecer-nos melhor. Nunca tinha estado com ele sem ser na minha cama, no calor. Mas naquele dia, saímos e o calor não estava presente. A brisa marítima era gelada, e gelou-nos. Mas continuámos ali, durante horas, a passear, para trás e para frente, no areal, junto ao mar. De vez em quando ele abraçava-me, para me aquecer. Foi tão bom.
Mas hoje ele estava a levar a conversa por um caminho estranho. Eu estava com medo do que poderia sair dali, ou era muito bom ou era muito mau, eu sabia. Nisto percebi que ele já tinha estado comigo sem ser naquele dia, na praia e durante algumas noites. Eu já o tinha visto fora daqui, já tinha estado com ele, no café. Eu conheci-o, finalmente, era ele. Ele tinha o olhar daquela pessoa. Ria-se da mesma forma. Ok, encontrei-o. E agora? Já não é um sonho, é real e não sei o que fazer.   

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

coração

Gostava tanto quando o meu coração disparava. Indicava adrenalina, alegria, medo mas tudo controlado. Agora? Agora não gosto. Ele dispara com frequência e não com o medo mas sim para me amedrontar. Porquê? Não sei. Mas fá-lo diariamente. Assusta-me diariamente. Mata-me de medo.
É normal? Ter medo do meu próprio coração? Não é... Acho que ele anda com algumas perturbações. Mas não tenho a certeza. Gostava que ele disparasse com medo do amor, por exemplo. Gostava que ele disparasse com medo da incerteza. Gostava que ele voltasse a ser o que era.
Acham que sente falta de amor?
Eu não sei mas acho-o tão irrequieto que penso que me quer trair a qualquer momento.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

...

Há algo que me invade. Que me rói. Que me inspira. Que transpira. Que vive dentro de mim. Que ao mesmo tempo me mata e faz viver. Que me diz "não desistas". Que me diz "insiste". Eu sinto-o dentro de mim, sinto-o a transpirar alegria e, ao mesmo tempo, tristeza.
Quando me mata faz-me desistir, quando me empurra faz-me viver. Eu sei que isto de que falo sou eu. Eu sei que isto que me inspira e faz desistir sou eu. Eu convivo comigo, muitos convivem comigo, todos convivemos com todos e todos sabemos que quem comanda somos nós. É esta a vida que temos, é esta a vida que fazemos.
O que faço é porque quero fazer e o que sinto é porque deixo sentir.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Maria

Lá estava ela sentada no degrau das escadas que davam acesso à porta principal da casa em que dormia. A casa não lhe pertencia, era uma casa alugada com companheiras de curso. Por norma, ela ficava ali sentada a pensar, porque lá dentro não conseguia. A confusão que criavam dentro daquela casa era tal que ela não se sentia bem, não conseguia sentir que pertencia àquela casa. Estava ali sentada há mais de uma hora, a chorar, compulsivamente e ainda ninguém tinha dado por ela. Se entrasse dentro de casa todos se preocupariam com ela, porque todos gostavam dela. Todos se preocupavam mas não percebiam que ela não estava bem, que ela não estava a passar por bons tempos. A vida tinha dado uma volta de 180 graus nos últimos tempos, tinha descoberto que estava doente e não sabia como contar aos pais e aos amigos. Pensava que ia morrer. Enfrentava os dias com grande audácia e felicidade mas depois, no fim do dia, na escuridão da noite, sentia-se mal e chorava, chorava horas a fio. Não sabia com quem falar, só sabia que tinha de falar com alguém e que precisava de desabafar.
Ela levantou-se do degrau, secou as lágrimas que lhe corriam pelo rosto, penteou o cabelo com os dedos, ergueu a cabeça e entrou dentro de casa, a sorrir. Sorria para esconder a tristeza, como fazia ao longo de todo o dia. Escondia a tristeza com sorrisos, brincadeiras e com o bom humor que lhe era característico. Ao entrar em casa foi, como era hábito, bombardeada de perguntas: onde é que estiveste? o que estiveste a fazer? com quem estiveste? porquê que desapareces sem dizer nada a ninguém?
Após estas perguntas decidiu finalmente contar às companheiras o que se passava, não aguentava mais, não conseguia esconder mais do mundo o problema que tinha. Começou a chorar, abraçou a primeira amiga que lhe apareceu à frente e esteve ali, nos braços dela, mais de trinta minutos, a chorar, sem conseguir dizer uma palavra. A meia hora que passou foi a melhor coisa que lhe aconteceu nos últimos tempos, conseguiu finalmente sentir-se aconchegada, acompanhada, acariciada, sentiu o que precisava. Não sabia porquê que ainda não tinha contado ao namorado, nem aos pais, nem a nenhuma das amigas. Simplesmente não tinha tido coragem, nem tinha encontrado o momento certo. Não sabia quando é que o seu problema ia ficar resolvido, só sabia que precisava de companhia para o enfrentar. E era este o momento certo, era este o momento em que ia conseguir desabafar e começar a sentir o carinho de que precisava.
E contou, contou que tinha um pequeno nódulo nas cordas vocais e que ia ter de ser operada em breve. Podia ficar sem voz para sempre e podia recuperar. Mas estava com medo, nem o médico sabia o que o futuro lhe reservava...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Vício

Dei por mim a pensar no único vício que tenho e percebi que não é um vício mas sim um prazer.
Para mim, os vícios só são verdadeiramente vícios quando os deixamos. É aí que sentimos a falta e é aí que eles passam de prazer a vício.
É na falta que se forma o vício.
É na alma que se forma o prazer.
E é por isto que os prazeres são difíceis de largar. Fazem, a partir do momento em que se formam, parte de nós. São parte do nosso "eu". São características da pessoa que somos e que mostramos aos outros. Já os vícios, esses, matam, aos poucos, aquilo que somos.
Na vida vamos ganhando prazeres e vamos substituindo-os. É mais uma das tantas fases que a vida tem. E é mais uma das coisas a que o ser humano se vai adaptando com a vivência.

MESA-Vício de Ti