sábado, 26 de setembro de 2009

Despolítica

Pois é meus caros, cá estamos à porta das eleições mais parvas de sempre!
O cinismo, a arrogância, a falta de bom-senso e a mentira foram algumas das qualidades desta campanha. E já não bastava a campanha ter sido péssima, ainda surgiram sondagens bem piores e que a cada dia que passa se tornam obsoletas. Sim, é verdade, porque num dia o CDS é a quinta força política, no outro dia é quarta e aposto que amanhã será a terceira. Lá se vai o Império de Louçã (IL, para os amigos).
Eu não percebo nada de política mas acho que depois destas sondagens vai haver muita gente surpreendida no domingo, por volta das 22 horas (quando os resultados começam a ser mais claros).
Todo este tempo de campanha tornou-se uma verdadeira seca para o comum cidadão, e não, não estou a exagerar. Os portugueses foram bombardeados de mentiras, de manobras de diversão dos partidos e até da própria comunicação social. Acham que alguém, minimamente inteligente, ainda vos dá atenção? Eu, Inês Antunes, até me sinto repugnada quando abro um jornal ou quando tento ver um telejornal. Qual foi a minha solução? Não comprei jornais e não vi televisão. O pior é que talvez nem no Domingo esta fantochada acabe. A única pergunta que me surge neste momento é: "Será que me vão deixar abrir as prendas, na noite de Natal, sem ter de ver a cara do Sócrates e da Manela na televisão?" . Eu gostava muito.
Obrigado por este bocadinho.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Padrões

Há uns tempos eu era uma miúda de cabelo rapado, que se sentia discriminada. Agora sou um projecto de mulher, com cabelo, e triste por viver num mundo onde "olham de lado" para quem foge, esteticamente, aos padrões da sociedade.
Admito que o meu cabelo está grande porque eu, ser estranho, reflecti e achei que nunca me iriam dar emprego se eu continuasse sem cabelo, ou quase sem ele. Estranho não é? Eu sou a mesma pessoa, com ou sem cabelo, porque será que os padrões da sociedade não se pautam pela intelectualidade mas sim pela aparência?

Que triste mundo este em que vivemos, tenho saudades da minha falta de cabelo. 

domingo, 20 de setembro de 2009

AllGarve (Camones)

Passeiam-se pelas lojas, pelos bares, simplesmente com a intenção de consumir. São seres de todas as nacionalidades e com um único objectivo, gastar dinheiro em "coisas" desnecessárias. Enquanto vagueio por estas ruas e olho para a minha carteira - por norma vazia - penso no quanto o dinheiro deve custar a ganhar e porquê que todos estes seres o esbanjam como se caísse do céu. Neste sistema de troca intensivo, só existe um objectivo: ganhar enquanto uns perdem. Ambas as partes ganham e perdem, ninguém se fica a rir. Só ri alguém como eu, que consome por prazer. Consumir implica uma troca mas não implica dinheiro. No amor, existe troca, prazer e ambos se consomem mas não existe dinheiro. Quando o dinheiro intervém tudo desaba, tudo se estraga.