terça-feira, 12 de julho de 2011

À 01.17

Uma letra. Uma palavra. Um espaço. Uma vírgula. Uma ideia. Um texto.
Quando acordas e olhas o mundo de forma diferente, quando acordas e sentes que te olham de forma diferente, quando acordas e vês que tudo é diferente, é porque sim, és capaz de ser diferente.
Todos somos diferentes, mas não gostamos de ver as coisas assim. Preferimos pensar que somos o único ser no Mundo que prima pela diferença e é aí que passamos a ser indiferentes.
As ideias surgem a uma velocidade vertiginosa, perigosa e impossível de parar. Quando tento passá-las, mostrá-las ao Mundo, já vou tarde. Procuro encontrá-las de novo, voltar atrás, lembrar-me, mas raramente consigo. É frustrante. Sou diferente porque não consigo parar o meu próprio raciocínio. Sou diferente porque tanto quero ir em frente para apanhar as ideias, como voltar atrás para ver o que restou delas. Sou diferente porque não consigo parar de pensar, nem parar para pensar. E por isso calma, sempre com muita calma, vou tentando aos poucos encontrar o que procuro, o que já passou por mim, o que quis agarrar e não consegui, o que quero agarrar mas...está longe. Ou perto. Não sei, nunca sei. Se volto para trás perco tempo, se vou em frente não sei o caminho. E agora? Fico aqui.  

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