segunda-feira, 9 de setembro de 2013

E se eu fosse tua filha?

Não gosto de pensar, mas gosto de escrever sobre a saudade. De ser criança, da adolescência, das noites loucas, da escola, dos amigos. Eu não queria crescer, a sério. Não queria mesmo. Mas já que me obrigaram, gostava que me respeitassem.
Pensem, vocês que me obrigaram a crescer, se gostavam que os vossos filhos crescessem como eu. Longe da família, a cumprir um sonho, que se revelou um pesadelo. mas só é um pesadelo porque vocês existem e só pensam no vosso próprio umbigo. Respeito? Só tem de existir para o vosso lado, porque para o meu, a única coisa que existe são exigências injustas tendo em conta aquilo que me dão em troca.
E se eu fosse vossa filha? Pois é, não sou. Porque os vossos filhos estão protegidos pelos vossos lugares, por aquilo que vos permitiram alcançar e que hoje nos negam. Tratam-nos como escravos, mas somos nós o alicerce do vosso sucesso. Formaram-nos para não falharmos, de forma a que vocês fossem cada vez mais valorizados por algo que não fazem. Limitam-se a aparecer e a ganhar o que nos pertence. E se eu fosse vossa filha?

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